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quarta-feira, 3 de março de 2010


Após três anos, consigo enfim falar em João Hélio. Não aquele que ficou conhecido trágicamente, mas o João Hélio que chegava todos os dias para estudar em um colégio pequeno onde eu trabalhava.
Todos os dias era eu a recebê-lo e seu sorriso iluminava meu dia.
Da janela, via quando Rosa, sua mãe, estacionava o carro e abria a porta traseira para que ele soltasse. Ele descia, dava uma espriguiçada imperceptível e se encaminhava para o portão com sua mãe.
Na sala de aula ou no recreio, era o centro das atenções pois era uma criança carismática e meiga. Seu sorriso era cativante.
Às vezes chegava cheio de sono e eu tinha que leva-lo até a sala.
Muitas lembranças do dia-a-dia na escola povoam meus pensamentos e me deixam com uma alegria melancólica.
Uma coisa que me lembro sempre dele era quando chegava perto de mim e dizia:
-Tia Mary, minha mãe é uma flor. E nós dizíamos juntos: Rosa. E ríamos muito.E nos abraçávamos também. Nós dois gostávamos de abraços.
Muitos, muitos momentos trago comigo e seu sorriso está semprre comigo. E nada, nada nem ninguém tirará isso de mim.
João Hélio, te amo.

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